Por motivos que alguns sabem e muitos imaginam, os comentários anónimos estão interditos neste blogue a partir de hoje.
Não resisto a partilhar um texto de um outro bloguista acerca deste assunto:
"Quando alguém opta por se esconder por detrás do anonimato (e é de esconder que se trata) é porque pretende salvaguardar uma de duas coisas: a sua imagem, por sentir que pode ser afectada pelo que diz, ou a sua pele, por temer a represália inerente a qualquer excesso que cometa, como um insulto (...).
Mesmo quando a pessoa anónima pretende apenas dizer uma verdade necessária mas receia as respectivas consequências, e por muito boa que seja a sua intenção, está a fugir à responsabilidade inerente ao seu gesto e nesse caso estamos perante um acto de cobardia (...). É a diferença entre um medroso e um merdoso, bem vistas as coisas.
Colocadas essas coisas no plano devido, é inevitável concluir que o anónimo capaz de utilizar essa vantagem competitiva para poder denegrir alguém sem ao menos aceitar o preço a pagar, as mazelas na imagem de pessoa de bem (...) não pode fugir ao estatuto que assim abraça. E a cobardia custa sempre a engolir diante do espelho, excepto se a pessoa em causa for demasiado estúpida para perceber esta lógica simples: insultar sob a capa do anonimato equivale a apedrejar alguém pelas costas escondido atrás de uma árvore.
Daí me parecer necessário chamar os bois pelos nomes (...).
É que se a pessoa insultada ou denegrida acusa o toque mas tem que disparar às cegas e correr o risco de ficar mal vista se responder à altura do que lhe disseram, a outra pessoa que sentiu o prazer mesquinho, porque impune, de dizer algo que não teria tomates para repetir com a identidade a descoberto, não pode deixar de vestir a pele cobardolas perante os factos que estão à vista (...) mas também na percepção de quem lhes lê as atoardas.
Menos cobardes só mesmo os que preferem fugir depois de atacarem os outros. Pelo menos tiveram a coragem necessária para darem a cara pelas suas ousadias fedelhas."
Novidade na Biblioteca: "1808: como uma rainha louca um príncipe medroso e
uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do
Brasil" de Laurentino Gomes
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Lisboa: Livros d'Hoje, 2008
ISBN: 978-972-20-3501-9
"Nunca algo semelhante tinha acontecido na história de Portugal ou de
qualquer outro país europeu. Em...
Há 20 horas